Chalé de Ares

Mel se aproximou tocando James, fazendo o contorno de seu rosto. Ele respirou profundamente a olhando com intensidade. James ameaçou se aproximar, mas Mel foi mais rápida quebrando a distância que os separava e tocando-o suavemente seus lábios nos dele.

James reagiu puxando-a para mais perto, beijando-a, sem pressa. Ele queria aproveitar aquele momento, sentir Mel colada a ele. Ele passou a mão por sua cintura, parando em suas costas e tentando trazê-la para mais perto, mas então Mel se afastou.

James fechou os olhos recuperando a razão. Mel estava certa, aquilo não deveria acontecer, mas ele ainda sentia o toque dos lábios dela nos ddele e uma parte dele gritava dizendo que aquilo era o certo, que ele deveria beijá-la.

Ele a olhou indeciso entre a vontade de quebrar aquela distância e beijá-la e o fato de que ele era o mais velho ali, ele era o cara que deveria ter tido um auto-controle melhor e ter parado a aproximação de Mel. Ele era o instrutor, ele deveria dar o exemplo.

- Me desculpa. Eu não deveria ter te beijado. - 'Desculpas? Ela não deveria estar pedindo-lhe desculpas.' James é que deveria, foi ele quem começou com aquela aproximação em primeiro lugar, foi ele que quase a colocou em apuros. Mel saiu porta a fora sem dizer mais nada. James a olhou sair, recuperando o controle de si mesmo e saindo atrás dela.


ENCERRADO

Dan saiu da floresta a passos firmes, ele andava rápido o suficiente pra encurtar a distância entre ele e Sammi. De longe ele a viu entrar no chalé de Ares e Dan seguiu atrás. Ele parou do lado de fora, se acalmando. Ele estava ali para conversar com a garota e ele estando furioso e ela também não daria certo. Ele era um cara racional e por mais irracional que ele tenha ficado com toda aquela situação, aquele não era o momento para explodir.

Ele entrou no chalé, tudo ao redor estava em completa ordem, ele viu a luz do banheiro acesa e rumou para lá, silenciosamente. A porta estava aberta, ele escutou o barulho de água correndo. Ele parou do lado de fora, vai que Sammi estivesse tomando banho, mas então ele viu os cacos de vidro no chão, espelho quebrado e resolveu entrar, afinal a irmã estava bêbada, era melhor não deixa-la sozinha e ele realmente precisava dar-lhe uma bronca pelo que ela havia feito.

Dan pisou porta adentro, Sammi estava sentada embaixo do chuveiro, a cabeça encostada na parede atrás dela. Ele se aproximou devagar e se sentou do lado de fora do box. Ele realmente era um coração mole como diziam, ele havia ido até lá para praticamente lhe dar uma bronca e quando a viu toda a sua coragem sumiu. Depois ele ainda achava ruim quando as irmãs não o escutavam ou quando não o levavam a sério.

- Sammi – ele chamou. Ela o olhou com um misto de fúria e dor. Daniel ficou em silêncio alguns segundos, ele definitivamente não sabia lidar com as garotas. – Eu não sei se eu lhe dou uma bronca ou se pergunto como você está. O que se você pensar bem é uma pergunta estúpida numa situação dessas. – ele esticou a mão deixando a água quente cair sobre ela durante um segundo e depois se levantou. Ajustou a temperatura do chuveiro, Sammi fez uma cara feia e resmungou algo quando a água quente deu lugar a água fria caindo sobre sua cabeça. Dan sorriu e se sentou de novo.

- Então..me diz... – a garota o olhou confusa, e ele continuou, sério – o porque do show Sammi. E não bote a culpa na bebida, sei que você planejou isso com antecedência. Eu quero saber o porque de fazer algo como aquilo na frente dos seus colegas, se expondo daquela forma e colocando um dos seus irmãos nunca situação constrangedora.

Dan escutou em silêncio, ele pensava em como exatamente conversar com a irmã. – E como você esperava que isso terminasse Sammi? Fazer o que você fez nunca tem boas conseqüências e sei que você sabe muito bem disso, então não me venha com desculpas de que você pensou que tudo terminaria de outra forma. – ele suspirou – Todo mundo passa por algum momento em que se sente descartável, infelizmente são coisas que acontecem, mas agir como você agiu não se pode nomear como descartável. Eu realmente tive e ainda tenho vontade de te dar uns tapas. Se você mesma se trata como se não tivesse valor como você quer que as pessoas vejam algum valor em você?

Dan escutou a porta abrir, ele esperava que não fosse mais problemas. Ele olhou em direção ao quarto e viu uma das amigas de Sammi chegar...aquele não era o melhor momento.

- Oi Dan!E Sammi...Você tá bem? – a garota perguntou se encostando na porta do banheiro.

- Katherine – Dan disse – não quero ser grosso ou mal educado com você, mas esse não é o melhor momento para você aparecer. A Sammi não está recebendo visitas agora e nem amanhã. Eu a deixo saber quando ela estiver liberada para receber visitas novamente. – ele olhou para Sammi, esperando pra ver se ela teria alguma reação negativa. Minutos depois Katherine saiu e Dan se dirigiu novamente a garota sentada no box do banheiro. – Você ainda não me disse o que se passou pela sua cabeça para fazer algo assim que além de humilha-la e rebaixa-la ainda constrangeu seus irmãos.

Dan se levantou – As suas atitudes não passarão impunes Sammi, eu sou seu irmão, mas eu também sou um dos instrutores e nessa situação não importa se você é minha irmã ou não, você terá uma punição e eu não vou interceder a seu favor. Você receberá sua punição e a cumprirá sem reclamações e depois disso eu decido quando você estará liberada.

Dan foi até o armário embaixo da pia e pegou a caixa de primeiros socorros colocando perto de Sammi. – Cuide desse corte na mão, tome um remédio e deite, pense um pouco sobre suas atitudes. – ele disse saindo do chalé em direção a floresta novamente. Ele imaginava que Mel ainda estaria por lá.

Entrei no chalé de Ares chutando a porta, sobre meus dedos já haviam uma caixa enorme com aquelas porcarias de Natal que todo mundo ama, Dan não falava muito comigo desde a ultima festa mais ambos achavam que seriam melhor eu fazer alguma coisa que preste no chalé.

Precisei dar mais duas voltas ate a casa grande pra conseguir trazer tudo, nem todos os campistas pareciam se importar em decorar os chalés com o estilo natalino, comecei a montar a arvore de Natal quando finalmente descobrir como funcionava toda aquelas porcarias.

O pó dele me fez espirrar umas trezentas vezes antes de finalmente conseguir me controlar.

-Arvore de Natal vagabunda!-rosnei com raiva quando percebi que eu estava parecendo um cachorro que se jogou no meio do barro.

Quiron provavelmente jogava aquelas porcarias no sótão pra ninguém mexer, só podia. Quando finalmente terminei de montar e liguei a instenção na tomada, os psica-pisca ganharam vida automaticamente como se naquele momento eu houvesse lhes despertado de um longo tempo de vida.

Sorri de leve para a arvore pronta e peguei minha toalha de banho, meu trabalho ali já estava feito. O chalé de Ares estava impecavelmente arrumado, fosse as camas, o chão ou a arvore de Natal. Senti o meu bip no bolso e vi o numero de Aria, aquela pequena porcaria descarregou e com raiva deixei o mesmo lá carregando na instenção que também mantinha a arvore ligada.

Tomei um banho frio, me dando ao luxo de lavar os cabelos tingidos novamente de loiros. Depois de um longo tempo de ruivo, morena... resolvi voltar ao bom e velho loiro que sempre amava, quando finalmente sai do banheiro percebi que meu rosto parecia um pouco cansado mais dei de ombro e coloquei meu batom vermelho que a tanto parecia ser minha marca registrada atualmente.

Mandei um beijo para o espelho que repetiu o movimento, mexi um pouco nos fios que colocavam em minha pele fria e disse arrumando o decote do biquine que estava por baixo.

-Nossa to uma delicia, me pegava facil..facil

Coloquei meu short jeans curto e uma blusa jogada de lado e resolvi sair um pouco do chalé ate porque não estava em uma prisão pra viver socada lá dentro, o sol era forte mais acabei me dando ao luxo de ir pegar um sol na praia,um bronzeado bonito e sempre sexy... sorte que já estava com o biquine por baixo da roupa ou teria que dr meia voltar e buscar ele no meio da mala bagunçada.

P.s: Eu escrevi esse post bebendo red bull, não...não sou normal ! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

ENCERRADO

O chalé de Ares parecia tão denso quanto lembrava, as camas em sua maioria continuavam arrumadas pela falta de semideuses no chalé. Depois de tudo o que fiz a Maggie e a Leo, o acampamento parecia mais vazio, seco. Mais isso não importava, tudo que eu queria era me jogar sobre minha cama alguns minutos, peguei o espelho de maquiagem que estava sobre a comoda da cama, meus cabelos haviam voltado a cor natural enfim, após um surto de identidade, o tom de loiro não era muito a minha cara. Ficava parecendo uma versão mal feita de Melanie.

Uma pontada de saudades de Dan pareceu surgir, em meio ao contorno dos meus dedos, lembre-me dele cuidando de mim totalmente jogada ao chuveiro, encostada no box chapada de bebida. A cicatriz em minha mão não me deixava esquecer.

Os filhos de Ares podiam se tornar terríveis com tão pouco tempo, por algumas semanas quis culpar a convivência com Melanie ou simplesmente o fato de vivermos trancados 24 horas nesse maldito acampamento, mais a verdade e que... conseguia sozinha ser uma bomba atômica de diversas personalidades duvidosas.  

"Mais foi um tanto divertido" - pensei friamente.

Respirou fundo e foi em direção a sua bolsa, precisava treinar. Ela era uma filha de Ares, correto? Então isso era o minimo que poderia fazer, pensar não era muito o seu forte. E depois de tudo o que havia acontecido a ela nesse ano, pensar era a melhor coisa a não se fazer.

- Maldito Acampamento, maldita Ninfas, malditos Satiros....! -disse consigo mesma, tentando manter a paciência - tudo que eu queria era uma missão pra cair fora daqui! Sera que é pedir demais?

Pegou em sua bolsa algumas roupas velhas e vestiu uma calça jeans preta desbotada, uma blusa branca do AC/DC quase tão transparente que mostrava o tom vermelho de seu sutiã e foi em direção a Área de Treinamento. Precisava quebrar alguma coisa, de preferencia a cara de alguém, qualquer um serviria.