FD. Isabella

Isa, como gostava de ser chamada, morava com seu pai, sua madrasta e mais 2 irmãs. Isa era a do caçula, mesmo vivendo desde pequena com as outras duas garotas nunca conseguiu se dar muito bem com elas, não se sabe se é porque a garota não gostava de chamar a mulher de mãe e nem as garotas de irmãs, ou se era porque elas não tinham nada em comum. Isa era como qualquer outra, mas algo fazia ela se destacar das outras. Com seus cabelos escuros até os ombros e seus olhos negros, pareciam duas jabuticabas, sempre traziam um olhar doce e um brilho incrível.E por sinal era muito inteligente também. Seu pai vivia falando que ela havia puxado isso de sua mãe, mas a garota nunca procurou saber muito sobra sua mãe, sabia que seu pai não gostava de falar sobre isso, já havia feito os dois brigarem e depois a culpa era sempre dela.
Estava no meio do ano letivo, Isabella já não agia como antes, suas notas já não eram tão boas, já não prestava mais atenção nas aulas, deixava de fazer as lições. Mas nada disso era reparado dentro de casa, sua madrasta só se importava com as duas filhas e seu pai não parava em casa nunca, vivia cheio de trabalho, e quando estava em casa Jully assim era o nome da sua madrasta, queria todo o tempo para si. O que ninguém sabia é que Isa tinha uma pequena caixa guardada no armário, cada vez que ficava triste ou precisasse conversar com alguém, tirava a caixa do armário e escrevia tudo lá. Mas dessa vez foi diferente, após tirar abrir a caixa, havia um papel lá, a mesma o fitou por alguns minutos até o abrir. O papel estava muito amassado, mas ela sabia de quem era a letra. " Sei que não devia de mexer nas suas coisas, e principalmente me desculpe por não passar tanto tempo com você. Só espero que você fique bem onde é que você esteja. Amanhã na escola um rapaz irá te buscar, não tenha medo ( coisa que você nunca tem não é mesmo ), ele te levará para um lugar seguro. Com amor papai. " Isa fechou o papel, colocou dentro da caixinha novamente e a fechou, uma lagrima caia em seu rosto agora, estava tudo muito confuso. Se levantou ainda com a caixa em seus braços, a guardou dentro de sua mochila e foi tomar banho, já não restava mais nada a fazer além de esperar o amanhecer. Depois do banho e mais algumas reviradas, Isa pegou novamente a caixa abriu e pegou o bilhete. Uma coisa que não tinha visto antes, atrás tinha algo escrito, acendeu o abajur e leu, era um endereço. Não poderia esperar até a tarde do dia seguinte, colocou a caixa na bolsa trocou de roupa e saiu pela janela, tinha um pouco de dinheiro guardado para alguma emergência, e não é que foi bem útil, usou um pouco para pagar um táxi e outro pouco para comer. Isa conseguia ver ao longe algumas pessoas correndo, apesar da hora, olhou para o relógio, estava quase de manhã. Já estavam em total disposição, não dava para ver direito o que estavam fazendo lá. A mesma seguiu até a entrada do acampamento, onde ficou parada imóvel na frente, era como se já conhecesse ali, não sabia como nem de onde, mas parecia estar em casa.

APROVADA!
Isabella Van de Kamp
Filha de Atena, 15 anos.
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